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Este blog é um espaço cultural que tem por objetivo mostrar fatos atuais e aspectos importantes da área de Artes e Atualidades. É mantido por alunos de uma turma de 9º ano B do Ensino Fundamental Maior, do Colégio Clita Batista. Foi construído com o objetivo de levar à sociedade um conjunto de informações e conhecimentos; realizar associações, produzir textos criativos e despertar a consciência crítica.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

artes

Exposição usa novas tecnologias para ativar sentidos com arte

Mostra em Londres traz filme que pode ser sentido, personagens de games que podem ser tocados e email com cheiro.

Da BBC
Imagem da 'exposição sensorial' em cartaz no Tae Britaink, em Londres (Foto: BBC)Imagem da 'exposição sensorial' em cartaz no Tae Britaink, em Londres (Foto: BBC)
Um filme que você pode sentir, um videogame cujos personagens podem ser tocados ou um e-mail com cheiro (clique aqui para assistir ao vídeo).
Uma nova exposição em Londres, no museu Tate Britain, tem início nesta semana usando as tecnologias mais recentes para ativar os outros sentidos com arte.
Em vez de usar apenas a visão, nesta mostra o visitante vai mobilizar o tato, paladar e olfato, sentidos que são considerados a próxima fronteira digital.
Imagem da 'exposição sensorial' em cartaz no Tae Britaink, em Londres (Foto: BBC)Imagem da 'exposição sensorial' em cartaz no Tae Britaink, em Londres (Foto: BBC)http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2015/08/exposicao-usa-novas-tecnologias-para-ativar-sentidos-com-arte.html

atualidades

Uso racional da água começa a fazer parte do cotidiano em Campo Grande

População, empresários e Poder Público se mobilizam por uso consciente.
Na cidade, consumo médio é de 163 litros por habitante/dia atualmente.

Escassez de água em vários estados do país está ajudando a sensibilizar população de Campo Grande sobre o problema (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Escassez de água em vários estados do país está ajudando a sensibilizar população de Campo Grande sobre o problema (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
A combinação de dois fatores, a veiculação quase diária de notícias sobre a escassez de água em São Paulo e outros estados, e a necessidade da redução de despesas em razão da crise econômica do país, estão ajudando a sensibilizar a população, empresários e até o Poder Público de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul sobre o quanto é importante o uso racional deste recurso. E mais que isso, estão fomentando a execução de ações que promovem a troca da “cultura do desperdício” pelo “esforço do uso consciente”.

Uma das pessoas que se sensibilizou com o problema foi a dona de casa Rosilene Matos de Souza, de 51 anos, moradora do bairro Coronel Antonino, na região norte da capital sul-mato-grossense. “Vi a falta de água em São Paulo e, apesar de aqui [Campo Grande] não enfrentarmos esse problema, comecei a ficar preocupada, principalmente com o que vou deixar para meus filhos. Comecei então a me questionar, se não vai faltar água para eles no futuro e isso fez com que eu mudasse minha atitude”, explica.
Dona de casa Rosilene Matos de Souza recolhe água condensada pelo ar-condicionado para lavar a varanda e o quintal (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Dona de casa Rosilene Matos recolhe a água do
ar-condicionado (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
Preocupada com o problema e consciente de que precisava agir, Rosilene adotou algumas medidas simples, que qualquer pessoa pode aplicar em sua casa, mas que acabaram fazendo a diferença no consumo da família, no valor que ela paga a concessionária por esse uso e ainda serviram de inspiração para outras pessoas. Entre as atitudes que ela tomou está a coleta da água condensada pelos três aparelhos de ar-condicionado da casa. O liquido é utilizado depois para fazer a limpeza de toda a parte externa do imóvel.
Além disso, a dona de casa também passou a acumular um volume maior de roupa para a lavagem na máquina e utiliza a água deste processo também para fazer a limpeza da varanda, do quintal e da calçada do imóvel. “Também reduzi o número de vezes que limpo a parte de fora da casa, substituindo a lavagem por uma simples varrida em alguns dias. Procuro também juntar uma quantidade maior de louça para lavar e não deixou a torneira aberta, só na hora de enxaguar”, comenta. 
Outra ação desenvolvida por ela foi a de conscientizar a própria família, composta por quatro filhos e o esposo, quanto ao uso mais racional da água. “Passei a pegar no pé deles. Se demoram muito no chuveiro, vou lá e bato na porta do banheiro. Mudar a mentalidade das pessoas dá trabalho, exige esforço e dedicação, mas compensa. Além de ajudar o meio ambiente, de preservar um recurso que tem fim, também tem o ganho financeiro”, diz.
Rosilene diz que antes de adotar essas medidas a "conta de água" da casa variava de R$ 150 a R$ 160 por mês. Com as medidas que implementou houve uma redução de 25%, e o valor caiu em média para R$ 120. Os bons resultados e a divulgação das ações da dona de casa, acabaram inspirando, conforme ela, outros familiares e amigos a também adotarem medidas semelhantes. “Devagar as pessoas vão mudando de comportamento e se conscientizando”, avalia.
A busca por um uso mais sensato da água, entretanto, não se restringe apenas as famílias da cidade. As empresas cada vez mais têm procurado alternativas para diminuir o consumo. Um exemplo disso é o Hotel Deville Prime, no bairro Carandá Bosque. Inaugurado em fevereiro deste ano, o estabelecimento considerado de luxo superior, o equivalente a antiga classificação cinco estrelas, tem dez andares, 196 leitos e foi planejado tendo como uma das grandes preocupações o uso racional da água.
Hotel Deville Prime capta a água que cai no telhado e faz reuso; no detalhe  o chefe de manutenção, Dirceu Moreira Lopes, mostra o reservatório no subsolo. (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Hotel Deville Prime capta a água que cai no telhado e faz reuso; no detalhe o chefe de manutenção, Dirceu Moreira Lopes, mostra o reservatório no subsolo. (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
Para isso, uma das principais iniciativas foi implantar um sistema para captar e reutilizar a água da chuva. A precipitação que cai no telhado é recolhida por um sistema de calhas e, por uma tubulação, segue para um reservatório com capacidade para 250 mil litros que fica no subsolo, embaixo da garagem. Quando o reservatório enche, o excesso de água é escoado automaticamente para um córrego que fica próximo.
Na lavanderia do Hotel Deville Prime, as máquinas fazem reuso da água (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Na lavanderia do hotel máquinas fazem reuso da
água (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
A água do reservatório, segundo o chefe de manutenção do hotel, Dirceu Moreira Lopes, é utilizada para fazer a irrigação do jardim e a limpeza das áreas externas do hotel. A irrigação utiliza um sistema eletrônico que foi projetado para minimizar o consumo, segundo ele. “Se a estiagem é prolongada o sistema aumenta o volume de água liberada, se choveu e o solo tem boa umidade, ocorre a redução ou até a suspensão da irrigação no dia”, detalha.
Outra área do hotel em que a preocupação com o consumo de água é constante, de acordo com Lopes, é na lavanderia. Por mês são lavadas no local cerca de 21 toneladas de roupas, como: toalhas, lençóis e tapetes, entre outras peças. Para reduzir o gasto, o estabelecimento usa máquinas importadas com capacidade para lavar até 40 quilos por vez e que utilizam em cada lavagem 40 litros de água, o que já representa uma economia de 50% frente aos 80 litros usados nas máquinas convencionais com a mesma capacidade. Além disso, esses equipamentos, reutilizam a água dos últimos dois enxagues para fazer a primeira lavagem da carga seguinte.
A mobilização também chega a cozinha, onde uma máquina lava-louças substitui a lavagem a mão. O equipamento utiliza água que (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Na cozinha máquina lava-louças substitui lavagem
a mão (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
A mobilização também chega a cozinha, onde uma máquina lava-louças substitui a lavagem a mão. O equipamento utiliza água quente e produtos químicos para lavar e esterilizar os itens, assegurando uma economia de pelo menos 30% no consumo de água em relação ao método convencional para a limpeza da mesma quantidade de peças.
O chefe de manutenção comenta que o cuidado com o uso racional da água no estabelecimento chega também aos quartos dos hóspedes. No banheiro, os vasos sanitários são equipados com caixas acopladas de duplo acionamento que dão descargas de três ou seis litros, dependendo do resíduo. Já no chuveiro foram instalados redutores de pressão que liberam no máximo 15 litros de água por minuto.
Água captada da chuva é utilizada para a lavagem da área externa do prédio do hotel em Campo Grande (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Água captada da chuva é utilizada para a lavagem
da área externa (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
Além da estrutura ser toda voltada para a economia de água, Lopes diz que os funcionários do hotel também são orientados a usar da maneira mais equilibrada possível o líquido. Como reflexo de todo esse esforço o estabelecimento vem obtendo uma grande economia no volume de água utilizada e também na fatura que paga a concessionária.
“Por mês utilizamos cerca de 400 mil litros de água. Desse total, 150 mil litros são de água fornecida pela concessionária e o restante, 250 mil litros, é de água captada da chuva, água de reuso.  Nossa conta no fim do mês, que gira em torno dos R$ 23 mil, ficaria uns R$ 50 mil mais cara sem a água do reuso. Então, lógico que o aspecto financeiro é muito importante nesse propósito de economizar, mas o aspecto ambiental, de preservar o recurso também é um componente importante para o empreendimento”, ressalta.
 
Iniciativas do Poder Público
Aliar economia a educação ambiental foi também o que levou a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) a firmar uma parceria com a concessionária responsável pelo fornecimento de água e coleta de esgoto em Campo Grande, a Águas Guariroba. O convenio levou a empresa a fazer um trabalho de conscientização com detentos e funcionários das unidades penais da cidade sobre uso racional da água. Também possibilitou que auxiliasse no monitoramento do sistema de abastecimento dos presídios, para detectar eventuais fontes de desperdício, como vazamentos internos.

Já a prefeitura de Campo Grande criou em agosto deste ano o Programa de Uso Racional da Água. Apesar de ainda não estar regulamentada, a iniciativa prevê a instituição de medidas que promovam a conservação, o racionamento e formas alternativas para a captação e utilização de água potável, bem com o uso de outras fontes nas edificações publicas e particulares, para a agricultura e ainda a conscientização da população para o racionamento preventivo e o combate ao desperdício.
Por meio da apresentação do espetáculo teatral “Aventuras no Mundo Encanado”, detentos e funcionários dos estabelecimentos receberam informações sobre o impacto das ações humanas na natureza e de como cada pessoa pode dar sua contribuição para que o recurso seja utilizado de modo mais sensato. Conforme a Agência, esse trabalho resultou na redução, entre os meses de maio e julho, de 15,8% no consumo de água dos cinco estabelecimentos que participaram da iniciativa.
O programa prevê, entre suas ações, que a prefeitura desenvolverá projetos de construção de reservatórios de captação de água da chuva com baixo custo e formará agentes multiplicadores dessa tecnologia para assegurar que a população de baixa renda tenha acesso a informações para a instalação dos equipamentos.
Prefeitura de Campo Grande criou um programa de uso racional de água (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Prefeitura de Campo Grande criou um programa de uso racional de água (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
O texto determina ainda que as novas edificações construídas em Campo Grande, incluindo as dos programas de habitação popular, deverão apresentar para a obtenção do licenciamento pelo município, um projeto de construção de um reservatório para a captação e o armazenamento de água das chuvas e de água reutilizável, para que o líquido seja usado em atividades que não requeiram água tratada.
A lei que criou o programa determina também que a prefeitura promoverá campanhas educativas contra o desperdício de água e vai abordar o tema nas escolas da rede pública municipal, incentivando novos hábitos de conservação e uso racional.
Por outro lado, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul tramita deste o dia 3 de setembro deste ano um projeto do deputado estadual professor Rinaldo (PSDB), que pretende instituir o 22 de março como o “Dia Estadual de Incentivo à Redução de Consumo, Reúso e Racionalização de Água e Eficiência Energética”.
Conforme a proposta do parlamentar, nesta data seriam promovidas ações voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício, bem como disseminadas medidas que visem a preservação dos recursos hídricos, assim como a despoluição das fontes e reservas que já se encontram poluídas ou contaminadas.
Dicas do especialista
Especialista em hidráulica e saneamento, Peter Cheung, dá dicas de como população pode economizar (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Especialista em hidráulica e saneamento, Peter Cheung, dá dicas de como população pode economizar (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
O doutor em hidráulica e saneamento, Peter Cheung, fez uma amostragem do consumo de algumas casas no bairro Vila Carvalho em Campo Grande e chegou a conclusão que não existe um padrão específico de consumo de água. “O consumo vai variar em razão do número de pessoas em cada residência e também do estilo de vida dessas pessoas. Entretanto, uma coisa não muda, o grande vilão no consumo é o banho. Depois vem a lavagem de roupas e na sequência a preparação de alimentos. Coincidentemente, nestas três atividades não podemos utilizar água de reuso, somente água tratada”, explica.
 
Selo Calculadora 300 x 120 (Foto: Arte/G1)
Cheung comentou então que neste contexto, em que as maiores demandas pelo líquido são para atividades que precisam de água tratada, que o consumidor deve planejar bem antes de captar e reutilizar água. “Ele primeiro tem que saber para que pretende utilizar essa água de reúso e a partir disso, criar um sistema para capturá-la e depois armazená-la. Tem que estar consciente de que não vai poder utilizar para tudo”, ressalta.
Assim como no caso de Rosilene, do bairro Coronel Antonino, o especialista disse que medidas aparentemente simples podem produzir bons resultados para racionalizar o uso da água nas casas.  “As dicas praticamente todos conhecem, precisam é aplicar. Banhos mais curtos, abrindo a torneira apenas para se molhar e depois se enxaguar. Juntar a louça para lavar e abrir a torneira apenas para o enxague. Juntar a roupa para lavar e reaproveitar a água para lavar a parte externa da casa. Não deixar torneiras pingando e, caso o consumo aumente de repente, verificar se não existe algum vazamento na rede do imóvel”, detalhou.
Infógrafico com dicas para economizar água (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
Além de economizar água, o doutor em hidráulica e saneamento diz que o consumidor também tem de se preocupar com as boas condições do seu sistema interno de abastecimento, evitando que vazamentos aumentem o consumo.
Ele, inclusive, apresentou ao G1 (veja vídeo abaixo) um método bem simples para descobrir se existe algum vazamento entre o hidrômetro, equipamento que faz a medição do consumo, e a caixa de água. Essa técnica é aplicada com o fechamento da boia que controla o fluxo de água na estrutura de armazenamento e evita que sejam quebradas paredes e calçadas em busca de vazamentos. O especialista alerta, entretanto, que se isso não for suficiente para descobrir onde podem estar ocorrendo as perdas, que será necessário contratar uma empresa especializada para fazer esse serviço.
 Mudança cultural
Na avaliação do sociólogo Paulo Cabral, de um modo geral, a situação de escassez de água em São Paulo acaba sensibilizando a população sobre o assunto, mas ele acredita que sozinho esse fato não é suficiente que ocorra uma maior conscientização sobre o uso racional da água. Para ele, são  necessários outros tipos de estímulos para auxiliar neste processo, como, por exemplo, algum tipo de recompensa financeira para os consumidores.
Cabral disse ainda que o grande paradigma que precisa ser quebrado neste caso, não é o da economia de água, mas o da cultura do desperdício. Para ele, a questão do desperdício não somente de água, mas de outros recursos naturais também está muito arraigada na cultura do brasileiro e isso se deve a localização geográfica e a abundância destes recursos no passado país e a própria formação do povo brasileiro.
“Nossa localização geográfica foi muito pródiga e nos favoreceu. Antes nunca tínhamos precisado economizar nossos recursos para atravessar situações difíceis. Na Europa, por exemplo, eles tem que fazer uso mais racional dos seus recursos para atravessar os invernos rigorosos. Outro ponto, é que o pais foi povoado por pessoas que originalmente vieram para explorar esses recursos naturais e também para trabalhar como escravos nessa exploração. Então não havia, motivo para que eles se preocupassem com essa preservação”, explica.
Ações da concessionária
Segundo dados do Diagnóstico Água e Esgoto 2013, a publicação mais recente do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis), do Ministério das Cidades, sobre o assunto, Campo Grande tinha na época do estudo um consumo médio de água de 166,2 litros por habitante dia.
Essa média, colocava a cidade na 15ª posição, entre 27 capitais de estados e do Distrito Federal, em consumo de água. O município, por exemplo, tinha um consumo médio 49,61% menor do que o da capital campeã em uso per capta, o Rio de Janeiro, que tinha média 329,8 litros por habitante dia. A Organização das Nações Unidas (ONU) defende que 110 litros de água por dia é suficiente para que um ser humano atenda todas as suas necessidades em consumo e higiene.
Em contrapartida, o consumo médio de um habitante de Campo Grande há dois anos era quase o dobro, 99,75% maior do que o de um morador de Maceió, em Alagoas, que utilizava 83,2 litros por dia e que foi apontado pelo Snis como o menor entre as capitais brasileiras.
Segundo a Águas Guariroba, em 2015 o consumo médio em Campo Grande caiu para 163 litros por habitante dia, apesar de que no período do inverno, que foi quente e seco, chegou a aumentar até 15%, em decorrência da água passar a ser mais utilizada pela população em ações para tentar amenizar o desconforto.
Gestor de projetos sociais da Águas Guariroba, Willian Carvalho,  (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Gestor de projetos sociais da Águas Guariroba,
Willian Carvalho (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
O gestor de projetos sociais da concessionária, Willian Carvalho, diz que a empresa vem executando várias ações no sentido de conscientizar a população sobre o uso racional da água. Uma das principais ferramentas é o programa educacional “Saúde Nota 10”, que é voltado aos alunos de escolas da rede pública da cidade.
“O trabalho conscientiza os estudantes sobre os benefícios da água e esgoto tratados para a saúde, meio ambiente e qualidade de vida. De forma divertida e lúdica, a mensagem é passada através de palestras, concurso de desenho e redação, brincadeiras e o bom humor da mascote Guaribinha, uma capivara que se tornou ícone da empresa no relacionamento com a comunidade”, explica, completado que desde 2006 até agosto deste ano a iniciativa já atendeu 135,9 mil estudantes.
Ainda com a comunidade escolar, a concessionária implementa também o programa “Sanear é Viver”, que é voltado para os professores. Os educadores, conforme Carvalho, são capacitados a trabalharem em sala de aula conteúdos relacionados ao saneamento básico e a conscientização sobre a importância da água e do esgoto. Além de palestras e visitas à empresa, o programa promove um concurso e premia os melhores planos de aula. “Em cada ano são trabalhadas duas disciplinas. Neste, do 1º ao 5º ano estamos atuando com os professores de Ciências, e do 6º ao 9º ano, com os de Artes”, relatou.
Apresentação do programa "Saúde Nota 10", que é voltado para estudantes de escolas públicas de Campo Grande (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Apresentação do programa "Saúde Nota 10", que é voltado para estudantes de escolas públicas de Campo Grande (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
Outra iniciativa da empresa, que tem um campo de atuação mais amplo é o programa “Afluentes”, que é direcionado para as lideranças comunitárias. “Em reuniões e encontros promovidos periodicamente tiramos dúvidas, recebemos sugestões e solicitações das comunidades por meio dos líderes comunitários, além de promover palestras e ações de conscientização sobre saneamento. Com este trabalho, nos aproximamos das comunidades, fazendo com que os líderes desempenhem o papel de elo entre a Águas Guariroba e a população”, diz.
Outra ação socioambiental, de acordo com o gestor, é o “Curso das Águas”, em que alunos de escolas públicas e de universidades, além de outros grupos, visitam as instalações da empresa e conhecem in loco com são realizados os serviços de tratamento de água e esgoto no município. Somente em 2015, 2.589 pessoas fizeram visitas por meio desta iniciativa.
“Além destes programas específicos também ministramos palestas sobre uso racional da água, importância da água e do tratamento do esgoto e saneamento básico para empresas, instituições e universidades. Onde nos demandam, nós procuramos atender”, ressalta, completando que nestas ações educativas uma das grandes preocupações é fazer a associação entre o uso racional da água e o despejo correto e o tratamento do esgoto. “Se isso não for feito [destinação adequada e tratamento do esgoto] os resíduos vão contaminar os mananciais superficiais e subterrâneos”, conclui.
Além de investir na conscientização da população sobre o consumo racional de água, a concessionária também trabalha para reduzir o volume de perdas na distribuição do líquido. Segundo a empresa, o volume de perdas que chegava a 56% em 2006, caiu para 27,73% em 2013 e atualmente está em torno dos 19%.
O volume de perdas da companhia em 2013, de acordo com o Snis, era o quarto menor entre as capitais brasileiras, ficando atrás somente de Goiânia (GO), com 21,31%, de Porto Alegre (RS), com 26,26% e de Brasília (DF), com 27,27%.
Gestora do programa de Redução de Perdas da Águas Guariroba, Francis Moreira Faustino (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)Gestora do programa de Redução de Perdas,
Francis Moreira (Foto: Anderson Viegas/Do G1 MS)
A gestora do programa de Redução de Perdas da concessionária campo-grandense, Francis Moreira Faustino, diz que apesar das perdas na cidade estarem bem abaixo da média nacional, que é de 36%, que estão sendo implementadas uma série de ações para minimizá-las ainda mais, já que o volume de água tratada que é desperdiçado seria suficiente, conforme estimativa da empresa, para atender uma cidade com um a população entre 150 mil e 180 mil habitantes.
“Intensificamos a fiscalização para combater as fraudes, fazemos a troca de hidrômetros antigos que já não estão fazendo a leitura correta, fizemos a setorização para fazer um atendimento mais rápido, fazemos o controle do abastecimento noturno e da pressão da rede, e fazemos o monitoramento das redes usando o geofone para identificar vazamentos que estão ocultos. Por mês são 137 quilômetros de rede que são monitorados. Além disso, estamos substituindo as redes antigas, algumas ainda são de cimento amianto”, diz.
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/09/uso-racional-da-agua-comeca-fazer-parte-do-cotidiano-em-campo-grande.html

Prostituídas e exploradas: a dura realidade de crianças imigrantes abandonadas na Europa - atualidades

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A sensação de "estar sozinho no mundo" é difícil para qualquer ser humano. Mas para uma criança, em um mundo ideal, essa situação deveria ser inimaginável.
Enquanto os líderes europeus discutem medidas para conter o enorme fluxo de refugiados e outros imigrantes para a Europa – e não parece haver solução imediata para o problema -, os mais vulneráveis são os que mais sofrem com a situação.
O número de crianças que buscam asilo ou refúgio na Europa aumentou 74%. Os mais novos, com menos de 10 anos, geralmente embarcam na jornada para a Europa junto com outro membro da família, mas a porcentagem de crianças desacompanhadas que têm chegado ao Velho Continente tem aumentado drasticamente.Mas infelizmente a Europa não está suficientemente preparada para receber tantas crianças.
Alguns deles sofreram ataques e abusos durante a travessia, mas sempre mantinham esperanças de que quando chegassem lá, sua sorte mudaria.Com as autoridades italianas sem saber como lidar com a grande quantidade de imigrantes desembarcando em sua costa, os criminosos se aproveitaram da situação.
A consequência disso foi que muitas crianças acabaram sendo exploradas desde o primeiro momento que chegaram na Europa. Sem ninguém disposto a tomar conta delas, essas crianças são abandonadas à sua própria sorte - e farão de tudo para tentar sobreviver.

Image capti
Crianças significam "oportunidades de negócios" no sul da Itália.
Inseguras e desprotegidas, milhares de crianças acabam fugindo dos centros de acolhida na Itália e perdendo-se nas ruas.
Image copyrightGetty
Image captionCrianças são exploradas sexualmente ou começam a vender drogas para sobreviver na Europa


http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150921_criancas_refugiadas_rm
mage .

atualidades

Papa Francisco é recebido por Obama na Casa Branca

Cerimônia de boas-vindas em Washington tem 15 mil convidados.
Pontífice ficará 5 dias nos Estados Unidos em sua primeira visita ao país.

Papa Francisco é recebido pelo presidente dos EUa, Barack Obama, na Casa Branca nesta quarta-feira (23) (Foto: Reprodução/Casa Branca)
Papa Francisco é recebido pelo presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca nesta quarta-feira (23) (Foto: Reprodução/Casa Branca)
O Papa Francisco foi recebido nesta quarta-feira (23) pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca, sede do governo dos EUA em Washington D.C., em uma cerimônia que marca o início da agenda do pontífice em sua primeira visita ao país.
Ao chegar ao local, Francisco passou por diversos convidados e cumprimentou várias pessoas que o aguardavam, acompanhado de seguranças.
Filhos de funcionários da embaixada da Lituânia nos EUA fazem selfie com o Papa Francisco antes de sua chegada à Casa Branca nesta quarta-feira (23) (Foto: Cliff Owen/AP)Filhos de funcionários da embaixada da Lituânia nos EUA fazem selfie com o Papa Francisco antes de sua chegada à Casa Branca nesta quarta-feira (23) (Foto: Cliff Owen/AP)
Pouco antes da visita, Obama publicou uma mensagem de boas-vindas a Francisco no Twitter. “Seja bem-vindo à Casa Branca, @pontifex! Suas mensagens de amor, esperança e paz inspiraram a todos nós”

Entre fortes medidas de segurança, tanto os 15 mil convidados à cerimônia como os jornalistas credenciados tiveram que fazer fila para entrar na Casa Branca.
Cerca de 15 mil pessoas foram convidadas para a cerimônia oficial de boas-vindas ao Papa. Tanto Francisco quanto Obama farão discursos desde a sacada da Casa Branca – o Papa deve falar sobre temas que serão centro de sua visita ao país. O Papa encerrará sua visita com um encontro privado com o presidente norte-americano no Salão Oval.
Entre os convidados estão os prefeitos de cidades como Milwaukee, El Paso, Tampa, Las Cruces, Portland e Austin, e estudantes de institutos da área metropolitana de Washington.
Esta é a terceira visita de um papa à Casa Branca. Em 1979, o então presidente Jimmy Carter recebeu o papa João Paulo II, e quase 30 anos depois, em 2008, George W. Bush foi o anfitrião de Bento XVI.
Papa Francisco aterrissou nesta terça-feira (22) na base aérea de Andrews, no estado de Maryland, depois de uma visita de três dias a Cuba.
A família Obama completa, incluindo as duas filhas do casal e a mãe da primeira-dama, foram receber o Papa na base junto com o vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, sua esposa, Jill, e dois de seus netos.
Papamóvel
Ao fim da visita à Casa Branca, o pontífice percorrerá no papamóvel as ruas que rodeiam o parque Ellipse, ao sul da Casa Branca. Milhares de pessoas, em sua maioria famílias com crianças e muitos latinos, já estão nas ruas que rodeiam o parque.
Os quatro pontos de controle estabelecidos nas imediações dos locais por onde o papamóvel passará contam com uma forte presença policial e do Serviço Secreto, o corpo encarregado de proteger o presidente dos Estados Unidos e sua família.
Muitos chegam ao local através de excursões organizadas por paróquias e colégios católicos, outros pediram permissão no trabalho para poder ver o papa em sua primeira viagem oficial aos EUA e inclusive tem pessoas que levaram o computador para aproveitar o tempo de espera.
Em muitas paróquias foram oficiadas no começo da manhã missas de aurora em honra ao Papa Francisco, com homilias em inglês e espanhol, para depois partir em grupo para as zonas por onde passará o pontífice, segundo constatou a Agência Efe.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/papa-francisco-e-recebido-por-obama-na-casa-branca.html